Expedição Cientifica a Fazenda São Nicolau - Cotriguaçu

No retorno em Alta Floresta
Na Balsa sobre o Rio Juruena

Entre os dias 7 a 16 de Dezembro um grupo de Professores, técnicos e alunos da Pós-graduação e graduação da Universidade Federal de Mato Grosso Campus de Cuiabá e Sinop estiveram na Fazenda São Nicolau em Cotriguaçu para dar continuidade ao inventário faunistico do local com a finalidade de produzir um livro sobre a biodiversidade da região.

XXXI Seminario de Estudos Biológicos

Em sua 31ª edição, o SEB 2009 traz como tema central a discussão sobre os rumos e desafios das Ciências Biológicas em Mato Grosso. O evento visa trazer profissionais Biólogos e de áreas afins que vem atuando em diferentes segmentos das ciências Biológicas. Através de mesas redondas e palestras procurando propiciar um ambiente fértil para discutir os seguintes pontos:
1. O estado da arte dos estudos da Biodiversidade em Mato Grosso;
2. Agronegócio e desenvolvimento sustentável e seus desafios para a sociedade do século XXI;
3. Fomento à pesquisa na área das Ciências Biológicas;
4. A formação do Biólogo e os desafios da profissão.
O evento abrange também 15 minicursos que discutem a atuação das Ciências Biológicas nos campos da saúde, ensino, tecnologia e biotecnologia, entre outros. Representa uma rica oportunidade de intercambio com outras regiões do Brasil, atualizando estudantes e pesquisadores locais através dos debates ocorridos nas palestras, mesas-redondas e minicursos. Constitui um complemento importante à formação dos acadêmicos de Ciências Biológicas, pela possibilidade de interação com profissionais da Biologia e da reflexão acerca dos temas propostos pelo evento. Constitui também um espaço para troca de experiências e de atualização e formação continuada para os profissionais docentes da área de Ciências Biológicas, das redes de ensino estadual e municipais de Mato Grosso e estados circunvizinhos. Por fim, da forma como o 31ª SEB está sendo organizado, propicia oportunidade para acadêmicos atuarem na organização de um evento científico, propor temas de interesse para discussão, contactar profissionais da área, apresentar resultados das pesquisas em curso, elaborar resumos e pôsteres. Constitui-se, portanto, um espaço formativo para esses futuros profissionais. A programação completa esta disponibilizada na pagina da UFMT www.ufmt.br/ib/31seb as palestras e mesas-redondas ocorreram no Auditório Prof. Dr. Vangil Pinto da Silva (antigo CCBS III em frente a Biblioteca Central da UFMT).

Anilhamento de Aves na Bacia do Rio Cuiabá, Mato Grosso-Brasil

A Bacia hidrográfica do Rio Cuiabá é formada por 14 municípios Acorizal, Barão de Melgaço, Campo Verde, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, Jangada, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Nova Brasilandia, Planalto da Serra, Poconé, Rosário Oeste, Santo Antonio do Leverger e Várzea Grande, distribuídos em seis microrregiões homogêneas (Miranda & Amorim, 2000, Oliveira, 2009). Sendo que Poconé, Barão de Melgaço Santo Antonio do Leverger e Nossa Senhora do Livramento tem parte de suas terras na área das planícies inundáveis do complexo do Pantanal os demais Municípios estão nos domínios morfoclimaticos do Cerrado do Brasil Central. Assim a composição da avifauna local é um reflexo destas fitofisionomias. No Brasil ocorrem 1802 espécies de aves (Sick, 1997, CBRO, 2008), para o Pantanal mato-grossense são registradas aproximadamente 553 espécies de aves (Tubelis & Tomas, 2003; Nunes et. al. 2008). Já para o Cerrado brasileiro foram registradas 837 espécies de aves (Silva, 1995abc). A avifauna da Bacia do Rio Cuiabá é composta por 498 espécies distribuídas em 70 famílias, das 75 com representantes em Mato Grosso (CBRO, 2008; Oliveira, 2009). Objetivos: Aumentar o conhecimento acerca da distribuição, sazonalidade e deslocamentos das aves entre os municípios da Bacia do Rio Cuiabá; Fornecer subsídios para plano de manejo que visem à conservação das mesmas nos municípios; Treinar alunos do Curso de Biologia e outros cursos afins no processo de observação, identificação e anilhamento de aves em Mato Grosso; Orientar trabalhos de graduação e pós-graduação em ecologia de aves, com o uso de anilhamento; Elaborar Guias ilustrados e sonoros das aves dos municípios da Bacia do Rio Cuiabá

Bibliografia citada
CBRO, 2008. Lista das aves do Brasil. Versão 05/10/2008. disponível em < http://www.ib.usp.br/crbo>. Acesso em 10/10/2008.
Miranda, L. & Amorim, L. 2000. Mato Grosso: atlas geográfico. Cuiabá, Ed. Entrelinhas. 40p. il.
Nunes, A.P;Silva, P.A & Tomas, W.A. 2008. Novos registros de aves para o Pantanal, Brasil. Rev. Brasil. Ornit. 16(2): 160-164
Sick, H. 1997. Ornitologia Brasileira, uma introdução. Rio de Janeiro. Editora Nova Fronteira. 912p. il.
Silva, J.M.C. 1995a. Avian inventory of cerrado region, South American: implication for biological conservation. Bird. Cons. Intern. 5:315-328
Silva, J.M.C.1995b. Biogeographic anallyses of the South American Cerrado avifauna. Steestrupia 21: 49-67
Silva, J.M.C.1995c. Birds of Cerrado region, South American. Steestrupia 21: 69-92
Tubelis, D.P & Tomas, W.M. 2003. Bird species of the Pantanal wetland, Brazil. Ararajuba, 11(1): 5-37.

Avifauna do Parque Estadual Igarapes-Juruena, Mato Grosso

AVIFAUNA DO PARQUE ESTADUAL IGARAPES-JURUENA, MATO GROSSO.


Dalci M. M de Oliveira,1, Tatiana Colombo Rubio; Fabiano Ficagna de Oliveira, Benedito Abrão de Freitas, Shirley Fernanda de Campos e Francisco Albues
UFMT/IB/Laboratório de Estudos de Aves Aquáticas. Cuiabá-MT. jabiru@terra.com.br
Secretaria de Estado do Meio Ambiente /SEMA-MT.


O Parque Estadual Igarapés do Juruena (PEIJU) se localiza entre os municípios de Colniza e Cotriguaçu nas coordenadas aproximadas de 58º55’00”W e 8º55’00”S e possui uma área total de 2.278,17 Km², tendo seu limite ao norte com os Estados do Amazonas e Pará, a leste indo até o Rio Juruena e a oeste se limitando até o Rio Aripuanã, dentro do território do Mato Grosso. Este estudo teve como objetivo realizar uma Avaliação Ecológica Rápida para elaboração do Plano de Manejo do PEIJU, que enfrenta várias ameaças a sua integridade como retirada ilegal de madeira, grilagem de terra, queimadas no entorno, garimpos e abertura de pastos. As aves foram registradas por observação direta com binóculos (7x35 e 8x40) e lunetas (15x60). Para gravação da vocalização foram usados gravadores digitais Marantz e Sony e microfone Sennheiser ME-64 e Hoya. Também aves foram capturas com 15 redes-de-neblina (12x3m). Foram realizadas duas campanhas, na cheia (outubro e novembro) e na seca (maio e junho) com duração de 10 dias cada uma. Foram registradas 287 espécies de aves, das quais se destacam: três espécies ameaçadas ou potencialmente ameaçadas: Harpia harpyja, Leucopternis kuhli e Clytoctantes atrogularis; seis espécies endêmicas: Psophia viridis, Amazona kawalli, Selenidera gouldii, Sakesphorus luctuosus, Rhegmatorhina hoffmannsi e Skutchia borbae; quatorze espécies raras ou com distribuição restrita: Tinamus tao, Ortalis guttata, Aratinga weddellii, Pyrrhura perlata, Pyrilia barrabandi, Pharomachrus pavoninus, Electron platyrhynchum, Pteroglossus bitorquatus, Hylexestates perrotii, Dendrocolaptes hoffmannsi, Poecilotriccus capitalis, Odontorchilus cinereus, Lepidothrix nattereri e Tangara callophrys.


Palavras- chave: Inventario faunístico, Amazônia; Unidades de conservação

Órgãos Financiadores: ARPA e FUNBIO

Resumo XVII CBO